História da Evangelização

História da Evangelização

Baseado em 7 avaliações
  • 206 Alunos matriculados
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"Excelente, de fato é importante conhecermos a história sob a égide da igreja, pude esclarecer muitos pensamentos, esse é o meu primeiro curso de muitos, que farei com a Graça de Deus."
Marcelo
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Este é um curso de história da Evangelização, seguindo o esquema proposto pelo Cardeal Raniero Cantalamessa, que a subdivide em 4 grandes ondas ou primaveras de evangelização, tendo por protagonistas de uma ação não prioritária ou exclusiva, mas preponderante, os: 

1) Apóstolos: a era Apostólica, os primeiros 3 séculos, os mártires, os pregadores itinerantes, a ramificação de comunidades lideradas pelos Bispos, sucessores dos Apóstolos; 

2) Monges: sobretudo entre os séculos 6 a 9, a reevangelização da Europa, a salvaguarda da fé e da cultura, depois das invasões bárbaras; 

3) Frades, religiosos missionários que, na época das grandes navegações, levaram o Evangelho aos confins do Novo Mundo; 

4) Leigos na era contemporânea, que protagonizam a Nova Evangelização no mundo secularizado que se declara pós-cristão.


Alguns comentários iniciais para o estudo específico desse curso:

 

a) O que é a Igreja?

As fontes e o método utilizados para o estudo do história da Igreja são de acordo com o rigor da historiografia científica. Na verdade, o estudo da história da Igreja não é o mero estudo de uma instituição, mas o estudo de um mistério, porque a Igreja é um mistério: ela é o Corpo de Cristo Ressuscitado, que continua no mundo o mistério da Encarnação; tal como a ciência química não desvendará "átomos divinos" na Eucaristia, a ciência da história não comprova que a Igreja é o próprio Corpo de Cristo, é preciso ter fé para crer nisto; Contudo, existem dados históricos que, se estudados honestamente, confirmam certos fundamentos de como a Igreja se vê a si mesma, como o fato de que Jesus tinha a intenção clara de fundá-la, que os Apóstolos criam na veracidade e concretude da Ressurreição a ponto de derramar o sangue por essa verdade, de que a civilização e humanização que o Evangelho produziu no mundo é um bem indiscutível, etc. 


b) Por que esse tema específico?

A história da Evangelização é um tema dentro da história geral da Igreja; por isso ela desperta o interesse no estudo da história geral, que não é possível abarcar nesse estudo específico, mas poderão aqui ser lembrados os marcos epocais e as ligações entre essas eras; Esse interesse deve nos levar a buscar o aprofundamento das possíveis lacunas a serem cumuladas por um estudo mais esquemático e exaustivo;  


c) Qual o objetivo desse estudo?

O objetivo desse estudo é reconhecer no DNA da Igreja a sua ação missionária, perceber que essa é uma ação do Ressuscitado ao longo da sua história, e que Ele que gera uma novidade hoje, engajando cada cristão na missão universal da Igreja, que foi um mandato do Ressuscitado, o qual prometeu estar com a Igreja "até o fim dos tempos"; 


d) O que a Igreja faz? 

Lembramos também que a Igreja é uma realidade complexa. Estudá-la levando em conta aspectos apenas políticos e sociológicos, seria redutivo; e estudar apenas um dos aspectos de sua tríplice ação poderia ser redutivo também, se não deixarmos claro, desde o início, a unidade que existe nesse tripé, que Dom Robert Barron chamou de ‘constantes ratzinguerianas’, as três funções da Igreja, a saber: ela adora a Deus (Liturgia), serve os pobres (diaconia), e ela evangeliza (martiria). Cada um desses atos da Igreja poderia ser estudado separadamente, coisa que nos ajudaria a perceber a origem e o desenvolvimento da liturgia e da promoção humana até o dia de hoje. Nos ateremos, portanto, aqui, à martiria, ou testemunho, ou ação evangelizadora e missionária da Igreja. Pelo mesmo motivo, o estudo da Igreja exclusivamente pela ótica política é redutivo e parcial, servindo somente a interesses estratégicos de prejudicá-la. Vemos aqui uma relação estreita com o Tria Munera, como ação do Cristo, ou o composto de seus poderes ou múnus, porque Ele é sacerdote (liturgia), profeta (martiria) e rei (diaconia). Indo mais além, podemos ver uma ligação com o que os filósofos chamam de transcendentais, que são as 3 características essenciais do ser: tudo o que de fato, é, e portanto são marcas de Deus mesmo e vem de Deus, é: Bom (diaconia: fazer o bem), belo (liturgia: celebrar a glória de Deus) e verdadeiro (martiria: anunciar a verdade). E ainda, esse tripé está apoiado sobre o chão bíblico: 

Liturgia: "Fazei isto em memória de mim"; Diaconia: "Tudo o que fizerdes a um desses pequeninos, foi a mim que o fizestes"; Martiria: "Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura"; todos estes mandatos vão junto, como atesta a vida dos santos, mas é a este último que nos ateremos, portanto, começando pelo primeiro dia. 

PROFESSOR:


Samuel Luz 

Missionário da Comunidade Shalom na França, em Aix-en-Provence.

Bacharel em Teologia e Mestrando em História da Teologia na Faculdade de Teologia de Lugano, Suíça.

Autor do Livro Meditações para a Semana Santa, o ebook mais vendido na Amazon, na categoria Religião, em abril de 2020.

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Instituto Parresia
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Samuel Luz
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Samuel Luz é mestrando em História da Teologia pela Faculdade de Teologia de Lugano (Suíça), onde obteve seu bacharelado em Teologia. Co-autor dos livros "Meditações para a Semana Santa" edição 2020 e 2021, das Edições Shalom. É missionário da Comunidade Católica Shalom desde 2004. Hoje, está em missão em Aix-en-Provence, no Sul da França.


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Conteúdo Programático

  • 1. Introdução. O primeiro dia e o envio missionário
  • 2. A primeira onda: o protagonismo dos Apóstolos
  • 3. A segunda onda: o protagonismo dos monges
  • 4. A terceira onda: o protagonismo dos frades
  • 5. A quarta onda: a Nova Evangelização e o protagonismo dos leigos
  • 6. Leitura: Apostila de História da Evangelização
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